Eu gostaria mesmo de te dizer isso ao vivo, mas acho que vocĂª jĂ¡ notou que Ă© difĂcil. Tem sido difĂcil, na verdade. Sei que Ă© covarde da minha parte, mas eu, realmente, nĂ£o conseguiria...
NĂ¡, nĂ¡, nĂ¡
Nem sei o que escrever, mas isso nĂ£o significa que eu esteja bem com o fato de vocĂª estar indo para o outro lado do Oceano. É sĂ³ que... Eu me sinto um babaca! Porque eu agi muitas vezes como babaca nesse tempo todo em que vocĂª esteve aqui (e eu achando que “SaĂºde” era longe).
NĂ£o.
Desculpe-me por todos os meus sumiços, meus ataques e por qualquer vez que eu possa nĂ£o ter te dado a atenĂ§Ă£o necessĂ¡ria. Desculpe-me se nĂ£o estive lĂ¡ alguma vez que precisou e fui menos do que esperava. Desculpe-me se nĂ£o tenho sido doce ou se nĂ£o tenho demonstrado estar afetado com tudo.
Pfff...
Obrigado por permanecer aqui esse tempo todo, por ter me ouvido tantas vezes e ainda dizer que ficava feliz por eu ter te contado algo. Mesmo quando eu nĂ£o me orgulhava nada do que falava.
NĂƒO!
NĂ£o importa o que ache, sempre gostei dos nossos passeios. Sua companhia me faz bem, sua voz sempre fez. Suas palavras, exceto as em francĂªs (que vocĂª teima me fazer compreender), podem salvar meu dia.
Vou sentir sua falta, mesmo que vocĂª sĂ³ me esculhambe.
Bon voyage, Cherrie!
Je t'aime.